Esta proposta da Caminhando consiste num passeio para conhecer alguns dos chafarizes mais emblemáticos e resistentes à passagem do tempo, que durante mais de 100 anos foram a principal fonte de abastecimento de água na Lisboa Ocidental. Uma zona da cidade, que a partir do séc. XVI cresceu, em urbanismo, comércio e gentes, à beira de um rio salgado e sedenta de nascentes. Mais um evento a não perder!

Uns mais monumentais, outros funcionais ou alguns já extintos, os chafarizes representam o culminar da grande obra pública do Aqueduto, comemorada, em 1748, com a entrada da água, em Lisboa, no Arco Triunfal das Amoreiras.

Foram ainda peças-chave na reconstrução pombalina pós-terramoto, na qual o Aqueduto resistiu sem abalo e cuja solidez seria assim comprovada. Por último, os chafarizes são uma espécie de artefactos na transição dos tempos e do “salto quântico”, que trouxe a Revolução Industrial.

Se por um lado comprovam a aplicação milenar da força gravítica para extração e distribuição da água, herdada pela civilização romana, por outro com a chegada da máquina a vapor, os chafarizes caem em desuso

Miradouro S. Pedro de Alcântara

Vamos iniciar o nosso percurso no miradouro de S. Pedro de Alcântara, que chegou a ser contemplado como local para a construção do reservatório da Mãe d´Água. Este seria, ainda, um ponto de partida para a construção de uma arcaria, semelhante à do Vale de Alcântara, que atravessaria o Rossio para dar de beber à Graça.

Chafariz do Vinho

Antes de chegarmos ao Rato, vamos conhecer o antigo chafariz que abastecia a Praça da Alegria e cujo espaço, em 1998, foi readaptado a Enoteca e bar.

Chafariz do Rato

O Chafariz do Rato de estilo barroco foi o 1º chafariz a ser inaugurado. Embora passe despercebido junto ao muro dos jardins do antigo Palácio de Palmela – atual Procuradoria-Geral da República, foi dos chafarizes com maior caudal e mais procurado, devido ao encanamento direto com o reservatório da Mãe d´Água.

Arco S. Mamede e Chafariz do Monte Olivete

Vamos passar junto do Chafariz do Arco de S. Mamede para depois visitarmos o Chafariz do Monte Olivete datados de final do séc. XVIII e início do séc. XIX.

Chafariz da Esperança

Na Avenida D. Carlos I encontramos o Chafariz da Esperança – classificado como monumento nacional desde 1910. A sua verticalidade e bicas expressivas, em forma de carrancas, tornam-no num dos chafarizes mais emblemáticos de Lisboa.

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